MixMinds

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Inquieto na calma

Senta, deita , senta, levanto m...! Kero fechar os olhos e apenas voltar a acordar, n tem k ser amanha, n tem k ser cedo, sei la. Era importante fechar os olhos sem recear d não os tornar abrir. Um dia destes arrisco! tb nada mais terei a perder, ao menos durmo, interminavelmnte.
Um cigarro!! O cigarro, esse cmpanheiro d todos os maus vicios, todo o obscuro, k reconfortante podera ser um cigarro! Impede t d t arrepiares nakela altura, impede ou ate t atenua toda akela estrika k t amarra e n t larga. Mas dps d esfumaçado meu cmpanheiro dakeles breves momentos, tou sozinho outra vez, tas ali, d pe, a espera... Sempre k procuro desfazer m destas sensacoes k m entranham a alma, eleva s uma debilidade fisica-motora tamanha ... Estrika, nervoso, inkieto, pareco m a ressacar d uma coca mt marada..!
O k faz toda o sentido, ou não. Vem sendo regular, encontro m num estado d total paniko, euforiko e mt pouco coordenado!!!
A sequencia d imagens, sons e pensamntos curtos sucedem s agora mt mais rapidos e mt menos lucidos.
Nada faz sentido dentro destas 4 paredes, dentro do k vejo, do k sinto, nada faz sentido dentro d mim. No auge da minha incompreensao, no auge da minha extrema irritaçao, surgem entao os espasmos, akeles gestos k desconheço tb!... Todos akeles arrepios qd reflectes d uma forma mais dura, mais sensata e crua, qd tentas fugir da cnclusao inevitavel.... n t podes deitar! Fechar os olhos... Cnfunde m o facto d ainda n ter percebido kual dos motivos é k m impede d dormir, sera o sono, o sonho ou ate kem sabe a noite, as horas, o proprio tempo. (realidade irreal)
Encostado num canto ond nnguem m toka, nnguem ve... sinto m a minha procura, a espera k num dakeles rasgos d silencio a soluçao surga. Sera k alguem ve no qt eu m reparto e assim m desfaço cada vez mais!?
Havera já kem tenho reparado na vontade k tenho d esmoronar e n cnsigo?! Aperto... vazio.
Olho as minhas maos, admirando as, tentando respeitar o facto d n t poderem tokar, sinto a sua propria frustaçao, o toque tao proprio k outrem requisitast, desejast, talvez... não kero saber.
K importancia tera um tok um dia sentido, cru e impacientemnte, s porem há kem la chegue tao rapido á akilo k estas, maos, nunca tiveram?!
Sinto um rio, calmo e sereno, k parte agora da leveza da minha cnsciencia e desagua m na alma. Mas pk sera k isso em nada, nada m reconforta!? Sei kem sou, como sou, e n tou descontente, mas olhar para a frente, akele gesto subtil d erguer a cabeça e enfrentar o futuro n m chega, assusta m, o nevoeiro cntinua ali, a escassas milhas do abismo em k eu kero cair. E assim, fiko quieto, cego.
O k sera importante agora, silenciar m ou expelir m, abruptamnte!?
Eu sei, eu sei… sou eu k tenho k decidir.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Little Red Riding Hood

Um dia a Capuchinho Vermelho aventurou-se por vegetações desconhecidas por teimosia. O lobo seguiu-a e comeu a avozinha, e o pai lenhador, num acto heróico cortou a barriga do lobo, encheu-a de pedras e salvou a sua rica filha, mais a avó.
Quantas vezes já ouvimos esta história?
Os anos passam. Quando somos pequeninos, ainda não torcemos pepinos, ainda não torcemos nada de nada. Torcemos a paciência da mamã, quando fazemos o beicinho e as insuportáveis birras quando não queremos comer e a pobre coitada lá se sujeita a contar a historiazinha mais uma vez a juntar à enésima. Porque não há outra e os dias já não dão para inventar. Há que se sujeitar à rotina e nós, pequenotes de rosto vermelho e inchado e cheio de papa, sujeitamo-nos a ouvir a história. Com uma particularidade: ouvimos a história original e o lenhador é o herói e é tudo como devia ser, acreditamos em tudo que devemos acreditar.
E hoje, se ouvisses a história? A coisa já não era bem igual, pois não? Já não se acredita em cirurgias animais realizadas por lenhadores, nem em avozinhas que caibam dentro das barrigas dos lobos, nem acreditamos nos lobos maus (hoje já nem sei se devo acreditar na existência dos lobos).
E se fôssemos reescrever a história, com todas as ironias latentes e as mesquinhices inerentes e as coisas perversas que saltam demasiado à vista numa história para crianças?
Alinhas?