MixMinds

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Timeout

Passei por aqui. Passei por aqui hoje, só "naquela", sabes? E porque é disto que tenho sentido a falta, porque ando aqui a vaguear um pouco, passando tempo, como se não tivesse mais coisas para fazer. E vim parar aqui. E depois, pareceu certo. Para dar algum sentido ao dia, para dar algum sentido a seja o que for, o rato fugiu e clicou em "Create Post". Deixo os dedos correrem aquilo que quiserem, já escrevi umas quantas palavras e ainda não disse nada de especial. Porque tudo o que poderia dizer está tão indefinido, difuso e inconstante, que não ganha a estabilidade suficiente para se concretizar em ideias e, depois, em palavras. Chamam-se a isso coisas voláteis, não é? São só fragmentos de momentos que depois perdem o sentido, mas que te deixam um registo de uma necessidade perdida de comunicação.
Arrrrggh.
Cuspe.
Incoerência.
Porra!

segunda-feira, dezembro 19, 2005

O cagar.

Hoje, qd o dia já s tornou escuro, deito m. Não kis jantar, rejeitei a gula! (15/12/05)

Enqt tava deitado, colado em kker coisa sem importancia na televisao, gripado e cm a vontade de sempre d fechar os olhos, não é dormir, não, apenas fechar os olhos. Adoro sentir m absorvido pelo escuro, pelo nada, pelo silencio, vazio.
Adormeci.
Acordei. E não sei pk, acordei! Abri os olhos, ainda sereno e automatikamnte pergunto m pk acordei?! Pareceu m k algo m “ligou”, carregaram no “on”.
Mas akela sensaçao perdurou ainda algum tempo ate ser substituida por uma outra ligeiramnt diferent, kuase cmplemntar. Algo tava errado, tinha vontade d fazer alguma coisa e ainda kieto na cama, n sabia o k...
Beber? Comer? Fumar?! Sim, fumar. Mas fumar é tb uma vntade d sempre... n era isso!
Ler?! Naaaa... Escrever?! Acabou por ser, não é?! Mas n era, já, isso. Tou m a irritar...
E chegado aki, cnvem dizer t k são precisamnt 2h43 am. A esta hora há mt pouca coisa k s faça...
Pois, tb m lembrei disso... mas não! É fisiologiko, é verdade, mas não é uma punheta... não. (acordar por uma punheta?!! Não, ainda n cheguei a esse capitulo.)
Levantei m!! E segundos dps descobri:
Afinal o k kero é cagar!!!!!
Sim, cagar. Mas não penses k é uma cagadela banal, do tipo “ senta, caga e levanta”, naoooo!!!
O cagar par mim, é algo extraordinario, é livre, imparcial e uniko por cada cu, é... bom. Adoro cagar.
Ganhei logo outro animo, amanheci.
Começo entao a reunir todos os meus utensilios.
Tabaco. Bezegol. As mortalhas. O livro, k nest caso, intitula s “uma casa na escuridao”, jlp.
E como não poderia deixar d ser, a vontade d cagar. Isto, pk já por algumas vezes m aconteceu, d ter tudo excepto vontade para cagar...
Entro na casa d banho, pouso tudo, sento m. É ai k tudo começa... olho a minha volta e aprecio todo akele meu antro privado, o uniko local em todo o mundo, universo, ond m sinto rigorosamnt so!! DO NOT DISTURB.
Caguei. D todas as sensaçoes k ainda m esperam, esta é a primeira e a mais basika. Cntudo important, pois 1º, justifika todo est texto e pk dps, é nesse meu acto, mt a minha maneira, k aproveita não so pa expelir tudo akilo k m habita no corpo, cm tb na alma. Cago por mim, para ti e para tudo! Mas o melhor, vem agora... o charuto. Montagem rapida e tao eficaz como silenciosa, pois não pod haver barulho e acredita as mortalhas por vezes podem ser tao ruidosas...!
Desfaço m d toda a bandeira existent, pk dps d o keimar, a minha atençao e preocupaçao diminui substancialmnt,... percebes?!
E pronto, tou agora preparado para entrar por minutos, ou mais, n sei, nakele mundo, mt proprio como irritant d jlp.
Claro, k a esta altura começa já a ressentir s o meu cu... como kem diz: “já m limpavas e m pousavas em algo mole, sei la.. o colchao por exº?!”. Eu sei, eu sei... tenho um cu engraçado.
Mas cntinuo, tento m mentalizar k a dor ou melhor, o mau estar, é algo substituivel, entao...
Gosto d jlp, gosto. A escrita e forma d escrever é simplesmnt perfeita, persuadora, descritiva. Todo akele universo, negro mas real, diz m tanto k chega ate a assustar m! Mas persisto.
Fumo e leio. Leio e fumo. Já n ouço nada, já nem sinto, nem mesmo o cu keixoso, apenas eu, um leve charuto e um simples livro, e claro esta, o facto indubitavel, d k acabei d cagar, mais uma vez, por mim, para ti e para tudo.
O cagar para mim, em jeito d cmposiçao da primaria, é mt mais do k um acto fisiologiko... É o poder encontrar m cmg, num sitio meu, so meu, e ser kem sou ou kero ser, já representei tb enqt cagava..!
Já m aconteceu d tudo a cagar, acredita!! Já m keimei, e sobre est particular episodio não m apetece falar mt, ou ate mesmo nada!! Doeu.. Já m fotografei, sim, mas n t preocupes, apenas ½ corpo, a parte superior. Acredito k n fikasse uma fotografia bonita, s bem k as outras tb n foram mt fotogenicas... Já m ri so por m rir, ri m tb d mim proprio e por mim, do tudo e d nada em cncreto. Já reafirmei mts magoas, já m endureci, tb. Já cai. Comi. Já fodi, ou melhor, no caso cncreto, já m foderam...! (boa lembrança)
...
...
...
Desculpa, breve remember.
Bem, isto tudo para k ganhes cnsciencia do k é realmnte para mim cagar, para k qd t disser “vou cagar”, m respeites não so em demora, cm em circunstancia, k sejas benevolente o suficient enfim. E repara k o meu cu já o é... E é o meu cu!
Ou seja, a casa de banho, é mt mais k uma repartiçao d mau cheiro numa casa. Na minha casa, a minha casa de banho, é o mundo.
Seguindo... já k comecei:
A zouga começou por pesar, não em forma pratika e imediata, mas sim a cnsciencia d k s n parasse, amanha por(em) m a pé, n seria facil. Resolvi entao, acabar apenas akele capitulo, e d seguida tomar banho.
Assim sendo, fecho o livro, marko a pagina ate á proxima cagadela, apago o charuto, numa ultª passa inconscient. Limpo m, e limpo o cu. A agua do mini-lavatorio (adoro esta expressao), já corre, não so para aquecer a agua, pois já chega d martirizar o cu, mas tb vai limpando a cinza.
Lavei o cu. Sinceramnt axo k ai ele s sente recompensado, eu pelo menos gosto. Cu frio e agua kente... Fecho a torneira do mini-lavatorio.
Abro a do chuveiro. Cm s não fosse suficient, todo o nevoeiro, k na minha cabeça habita por momentos(boa definiçao para zouga), a agua kent, k escalda a minha espera, na minha casa de banho, as 3h36 desta singular madrugada, ou seja, mt nevoeiro junto, num so local, vivido e assistido apenas por mim... (tava kuma puta!!)
Pego na escova e pasta de dentes, ponho a toalha a jeito d lhe pegar sem k tenha kker probabilidade d cair, e num apice desejado, mergulho todo o meu corpo d uma so vez, sem medo, nakela corrente d agua a ferver...! Fiko assim, ali, estatiko, absorvendo (me)... Ate k sinta a minha alma fervendo tb.
Ensaboou m. Pantene. Lavo os dentes, demoro o k na minha cabeça, é algo parecido cm horas. Gosto e penso por necessidade k já deveria dar algum rasgo d frescura ao meu corpo.
Agua... Agua... Agua.
Ensaboou m novamnt. Pantene pela ultª vez.
E... Agua. Agua... Agua... Agua... ( s os meus pais lessem isto...)
Preparo m entao para o 1º enxaguar.
Abro a estreita porta do polivan (n sei ao certo s sera assim k s escreve, mas cm já devem ter reparado, n m preocupa.) e deparo m cm um gigantesco e intenso nevoeiro!! Por vezes chego ate a pensar k foi ali k D.Sebastião foi visto pela ultª vez ou entao, k é o k mais m assusta, talvez possa por ali aparecer a kker momento e cm devem calcular akilo não são figurinhas d s receber D.Sebastiao...
Perfuro entao por entre a bruma, para k já no tapete m seja proporcionado a enxaguadela final.
Tou seko. Tou feliz, bem cmg proprio, e cntinuo cm uma tremenda puta. Digamos entao k tarei pronto para dormir, cm kem diz “sim, dorme, k o teu mal é sono, n é?!” S calhar... e tu ainda n sabes d nada.
Visto o calçaozinho nike laranja d noit, a sweat d serviço e pego entao em toda a tralha, k no inicio apelidei d “utensilios”.
Saio do antro, saio dali, deixo d tar so, entro entao no mundo, nakele k partilhamos, est, o vosso... o nosso.
Entro no meu kuarto, num outro mundo tb é verdade, mas k já fora corrompido por mt gent, alguma ate sem sentido, agora, sei la, é meu mas ali já n m sinto so, apesar d ser apenas eu rodeado por akelas 4 paredes.
Olho a minha volta, revejo a revolta e já nada faz sentido, akela sensaçao d bem-estar cnseguida há breves momentos atras começa a desvanecer.
Não m apetece deitar. São 4h13.

E bem, para k est texto não s perca por um final, k cnfirme toda a minha demência, digo t apenas k foi exactamnt nest momento k resolvi partilhar isto ctg, cm alguem. Por homenagem a minha casa de banho, ao acto d cagar. E não t eskeças, embora ironiko ate totalmnte estupido mas eu acordei pk keria cagar, pk precisava d m distrair, d passar por akele mundo, uma vez mais.


P.S: Escrevi tb est texto pk sei k nnguem corrompera akele antro, k ali cntinuarei a ser o k kero ser. Tarei so.
Todos os factos e personagem, aki envolvidos são reais.
So um cnselho apenas… CAGUEM.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Basta.

Sinto k o destino passa por mim como um novelo d lã passa pelos olhos d um gato, como um aviao passa nakele campo, como a cidade passa pelo recem nascido k sai pela primeira vez.
Nos olhos da mulher k não perdi pois nunka a ganhei. Mas num outros olhos k durant um segundo m compreenderam e amaram na sua ternura kuase insuportavel, tu.
O destino passa...
Na amizade k é lentamnte puxada para o outro lado da razao e k um dia mergulha na sombra k trazia em si por resolver,
o destino cumpre s e passa...
Na praia, d noite, as ondas visitam na e deixam na como as imagens k sem fim m assaltam e m abandonam na espuma k esmagam cntra a areia mt fina, na mulher k m acompanha e cmg s perde na noit, soluços de luz verde.
O destino detem s e passa...
Na inesperada hora da felicidade, vivida um pouco a medo como os amantes qd passeiam pelas ruas desertas d um jardim, um pouco a medo, como a breve noit d amor em k um homem s encontra e refugia,
o destino demora s e passa...

Fodasse. Tou ond não devia tar.
Mas chega, chega !!
Não m recorda agora kem o escreveu, mas agora sim percebi o:
“... embora kem kuase morre esteja vivo, kem kuase vive já morreu.”